segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Trilha Vermelha - fauna e flora sob o risco de desaparecer

No Parque do Museu Goeldi, alunos descobrem que espécies de animais e plantas estão ameaçadas de extinção na Amazônia

Agência Museu Goeldi – Na manhã do dia 18 de outubro, alunos e professores do ensino fundamental e médio de escolas públicas de Belém – Anízio Teixeira, Augusto Meira e Barão do Rio Branco – participaram da atividade educativa “Trilha Vermelha: animais e plantas ameaçadas em extinção”, no Parque Zoobotânico do Museu Paraense Emílio Goeldi. A Trilha Vermelha fez parte da programação da 5a edição do Prêmio José Márcio Ayres para Jovens Naturalistas e da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia.

A programação da Trilha Vermelha foi elaborada há três anos para divulgar a Lista de Espécies Ameaçadas de Extinção, documento elaborado sob a coordenação do Museu Goeldi, em parceria com a Conservação Internacional e a Secretaria de Meio Ambiente do Pará. A Lista norteou a estrutura do Programa Extinção Zero lançado pelo Governo do Pará em 2008. A atividade foi organizada pelos educadores do Museu Goeldi para mostrar às espécies ameaçadas de extinção que podem ser conhecidas no Parque Zoobotânico do Goeldi.

Durante a Trilha, alunos e professores observaram de perto exemplares carismáticos da fauna amazônica, como a arara azul, ararajuba, onça-pintada, guará, gavião real, ariranha e o macaco coatá. No percurso da Trilha também foram observados plantas como a castanheira, pau-brasil, pau rosa, mogno, acapu e cedro vermelho. As espécies da Trilha foram identificadas com uma fita vermelha.

Além de fazer observações sobre as espécies ameaçadas de extinção, Ana Claudia Santos, educadora do Museu Goeldi responsável pela condução da Trilha, contou curiosidades culturais relacionadas ao uso das espécies da fauna e flora, como a tapiragem, técnica indígena de mudar artificialmente a cor das penas das aves. Os estudantes a cada passo se interessavam questionando a educadora do Nuvop-MPEG.

Entre os participantes do ensino fundamental e médio, uma mãe se destacou. Maria de Nazaré Lucena, que ao trazer sua filha, estudante do ensino fundamental, teve a oportunidade de conhecer mais sobre a biodiversidade amazônica. Na trilha, as árvores como o mogno despertaram o interesse de dona Lucena.
Josué Silva, estudante, revelou não gostar da forma que o homem trata as espécies que estão em extinção. “A arara azul está em extinção pela destruição das florestas. É como se Deus desse uma barra de ouro nas mãos dos homens, mas eles não sabem aproveitar”.

Castanha do Pará – Em meio à biodiversidade existente no Parque Zoobotânico do Museu Paraense Emílio Goeldi, a árvore da castanha do Pará chamou a atenção dos participantes da trilha por sua grandeza e beleza. A castanheira encontrada no PZB tem entre 30 a 40 metros, de onde nasce o ouriço, dentro do qual encontra-se a semente, que é a castanha do Pará, objeto de muitos estudos.  Um dos benefícios gerados pela ingestão da castanha do Pará é o retardamento do envelhecimento do ser humano. Hoje chamada de castanha do Brasil, esta semente comestível entra na lista das espécies ameaçadas em extinção pela exploração sem controle - a propagação dos benefícios da castanha do Pará tem estimulado o interesse de multinacionais de cosméticos, entre outros segmentos.

Jovens Naturalistas – Várias trilhas têm sido organizadas pelo Prêmio José Márcio Ayres, como a “Construindo saberes sobre a biodiversidade da Amazônia”, com o objetivo de incentivar os estudantes à pesquisa e à preservação do meio ambiente. As inscrições para participar do concurso ficarão abertas até 20/08/2012. Maiores informações no sitio do Prêmio.

Texto: Denilton Resque

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Impactos das mudanças climáticas na Biodiversidade

O pesquisador Leandro Valle Ferreira (MPEG) apresenta dados sobre os efeitos causados pelas alterações no clima

Agência Museu Goeldi – Você sabia que os impactos causados pelas mudanças climáticas são alguns dos principais fatores para a perda de biodiversidade na Amazônia? Na palestra “Impactos das mudanças climáticas sobre a biodiversidade” você vai entender um pouco mais sobre a relação entre esses dois elementos. O evento acontece nesta quarta-feira (19), no auditório Alexandre Rodrigues Ferreira, no Parque Zoobotânico do Museu Paraense Emílio Goeldi – MPEG, às 09h.

A palestra será ministrada pelo pesquisador Leandro Valle Ferreira, doutor em ciências biológicas e pesquisador da Coordenação de Botânica do Museu Goeldi, que apresentará alguns dos fatores que agravam o efeito estufa e causam alterações no clima da região. 

Emissões de CO2 – Junto com a queima de combustíveis fósseis (responsável por 80% das emissões de gás carbônico na atmosfera), as queimadas, o desmatamento e o uso inadequado da terra contribuem significativamente para as emissões – cerca de 75% das emissões de CO2 no Brasil decorrem das queimadas e do desmatamento na Amazônia, que atualmente possui 19% de sua área desmatada (cerca de 742 mil km²).

Devido às emissões de gás carbônico, agrava-se o efeito estufa, e por conseqüência ocorrem alterações nos ciclos das chuvas, na umidade relativa do ar, podendo gerar longos períodos de seca, enchentes e proporcionam condições favoráveis para queimadas. 

PJMA – A palestra faz parte da programação da 5ª edição do Prêmio Márcio Ayres para Jovens Naturalistas, iniciativa do Museu Paraense Emílio Goeldi e da Conservação Internacional – CI Brasil, que conta nesta edição com o apoio do projeto Escola da Biodiversidade Amazônica – Ebio, subprojeto do INCT Biodiversidade e Uso da Terra na Amazônia. Até o mês de novembro, o PJMA realiza palestras, oficinas e trilhas para proporcionar aos estudantes e professores participantes uma melhor compreensão sobre a biodiversidade amazônica. As atividades são realizadas no Parque Zoobotânico do MPEG, e a programação completa pode ser acessada através do site www.marte.museu-goeldi.br/marcioayres

Palestrante - Leandro Valle Ferreira é doutor em ciências biológicas pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – INPA. É pesquisador da Coordenação de Botânica do Museu Paraense Emílio Goeldi e coordenador da pesquisa botânica no projeto Estudo da Seca na Floresta – ESECAFLOR. 



Serviço: Palestra “Impactos das mudanças climáticas na biodiversidade”. Dia 18/10, às 9h, no auditório Alexandre Rodrigues Ferreira (Parque Zoobotânico do MPEG – Av. Magalhães Barata, 376). Entrada Franca.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Video-trilha: Ambientes aquáticos do Parque Zoobotânico do MPEG

Quer conhecer um pouco mais sobre os ambientes aquáticos do Museu Goeldi? Inscreva-se na video-trilha "Ambientes aquáticos do Parque Zoobotânico do MPEG. Dia 16/10 às 9h, no Parque Zoobotânico. Traga sua câmera digital e/ou celular, registre e compartilhe suas impressões sobre a biodiversidade desses ambientes. Inscrições pelo e-mail: premio@museu-goeldi.br

Websérie "Os naturalistas do século XXI" - Episódio 2

Você já deve ter ouvido falar na Rasga-mortalha, um pássaro que anuncia morte e mau agouro por onde passa. O que muita gente ainda não sabe, é que trata-se da coruja Suindara, animal muito comum nas zonas urbanas e que ajuda a eliminar vetores de doenças, como ratos e pombos. No segundo episódio da websérie “Os naturalistas do século XXI”, você vai saber um pouco mais sobre a história desse animal importante, porém injustiçado.
A websérie "Os naturalistas do século XXI" é uma produção do Laboratório de Comunicação Móvel do Museu Paraense Emílio Goeldi. A série conta a trajetória de vencedores do Prêmio José Márcio Ayres para Jovens Naturalistas (PJMA), uma iniciativa do Museu Emílio Goeldi e da Conservação Internacional - CI Brasil. Em sua quinta edição, o PJMA tem o apoio da Escola da Biodiversidade Amazônica.